“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu”.
Fernando Pessoa - Poema Mar Português. Edições Ática: Lisboa. 1959.
Com o memorável poema de Fernando Pessoa, em honra à expansão marítima de Portugal nos idos dos séculos XV e XVI, lembramos o Descobrimento do Brasil, em 22 de abril de 1500.
A história de terrae brasilis precede a navegação capitaneada por Pedro Álvares Cabral à descoberta da Terra de Santa Cruz, tradução de Vera Cruz, como foi denominado o Brasil na Carta que descreve a chegada dos Portugueses à Porto Seguro, escrita por Pero Vaz de Caminha. Até que isso fosse possível, devem ser lembrados grandes feitos protagonizados por Cristóvão Colombo e Vasco da Gama à mando da Coroa.
A descoberta das ilhas ocidentais (da América Central) em 1492 por Cristovão Colombo resultou na assinatura do Tratado de Tordesilhas com a divisão das zonas de influência nas navegações, tendo sido delimitado o território à leste do meridiano para Portugal e o território à oeste para a Espanha.
Isso tornou possível que Vasco da Gama concluísse um plano que demorou 80 anos para ser cumprido. Ao encontrar a rota até as verdadeiras índias, traçou a rota do cabo para a Índia na mais longa viagem realizada até 1499, superior a uma volta completa ao mundo, sendo considerado almirante mor dos mares da Índia após ter perdido mais da metade da tripulação e enterrado o irmão.
Com o caminho aberto, antes de acontecer o ápice da expansão marítima portuguesa ao ser lançada outra grande armada para a Índia, capitaneada por Pedro Álvares Cabral, com 13 navios e aproximadamente 1500 homens, o rei Dom João II mandou realizar uma despedida pública e ser celebrada uma missa comemorativa com a presença do rei e de grande multidão.
“Você não se lança num pequeno barco, atravessa um oceano que você não conhece pra encontrar um pau brasa vermelhinho. Não é isso. É para encontrar a terra prometida, é para encontrar a terra abençoada. Isso é um fator motivador dos grandes descobrimentos, até mesmo hoje do espaço”, explica sobre o descobrimento do Brasil o cientista político, deputado federal, príncipe de Orleans e Bragança, no Brasil e na França, Luiz Felipe Orleans e Bragança, no documentário do Brasil Paralelo.
“Como é que vocês acham que de repente, um povo que na Idade Média lutou por 8 séculos contra o inimigo islâmico, vai do nada se transformar em um mercador? ‘Só quero realizar comércio’. Não faz o menor sentido. Essa história assim, como ela é contada de que o português sai só para encontrar especiarias e pra ter um melhor acesso a rotas comerciais, não se justifica de modo algum. É um desconhecimento completo de Portugal, do que era o mundo medieval, mundo de grandes guerreiros”, defende o professor de história e filosofia, Rafael Nogueira.
Historiadores narram que Pedro Álvares Cabral era grão mestre da ordem de Cristo e considerado nobre fiel à coroa, culto, prudente e tolerante com os inimigos.
“Não concordo que se despreze o imenso valor que esse país tem por ter nascido do esforço político, técnico de um povo, de um pequeno território, que foi a primeira nação organizada da Europa, localizada no canto da península ibérica e que numa determinada época da sua trajetória, dividiu o mundo em duas partes. Uma era dela e a outra era da Espanha. Tinha poder, tinha cacife político para isso e conseguiu isso através do empenho do seu povo”, diz ao se referir a Portugal, o respeitado jornalista Percival Puggina.
Confira no vídeo a seguir uma síntese do documentário sobre a história do Brasil "Capítulo I - A Cruz e a Espada", do Brasil Paralelo. Para assistir o documentário completo, é só acessar o link: www.youtube.com/watch?v=TkOlAKE7xqY
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