Neste 28 de abril, dia da educação, trazemos o filósofo como lume do saber, exortador à educação para o homem, a educação de si e ao cuidado da alma, em palavra e ação. Nesta intercorrespondência da filosofia e saber, para falarmos um pouco sobre a educação trazemos algumas ideias do filósofo ateniense Sócrates, um dos fundadores da filosofia ocidental.
Sócrates, que contribuiu fundamentalmente para a ética, tinha a oposição de argumentos e ideias como forma de despertar o saber. A linha filosófica que utilizou foi a maiêutica, a verdade contida no interior do homem, um saber imanente. Por esta razão, atravessou milênios a famosa frase “Conhece-te a ti mesmo”.
Trata-se do convite à Humanidade para a jornada interior, na busca do caminho que conduz à prática das virtudes morais. Sócrates provou aos sofistas que um escravo, sem instrução, era capaz de elaborar diversos teoremas de geometria. Para isso, era iniciado um diálogo com perguntas ao seu ouvinte, e este respondia ao próprio modo de pensar. Depois, Sócrates demonstrava a inconsistência e contradições das abordagens, levando ao reconhecimento do equívoco e desconhecimento do ouvinte. Assim, por meio da maiêutica, que traz uma luz à vida, a verdade acaba se revelando no diálogo, emergindo um conhecimento, a sabedoria.
A preocupação de Sócrates era despertar nas pessoas a importância do autoconhecimento, que as conduziria à sabedoria e à prática do bem.
O ponto central no debate de Sócrates e os sofistas, residia na questão de como educar ou preparar as pessoas para viver na cidade.
Para Sócrates, era preciso rever o sistema educacional que preparava o jovem para ser guerreiro, rumo a uma boa e gloriosa morte em um campo de batalha, bem como ser revisto o exclusivo acesso aos ensinamentos morais e intelectuais apenas para os que eram considerados de sangue puro e divino. Para Sócrates, o objetivo da educação seria preparar as pessoas para viver plenamente numa democracia, isto é, preparar cidadãos.
Mas observemos o fato da importância de que além de ser guerreiro, educado segundo a prática de virtudes compreendidas pela educação moral e intelectual, o ser humano também passaria ao exercício político na vida da cidade, a Pólis, na participação das decisões, no exercício de direitos e deveres e na livre manifestação de ideias. O aspecto da cidadania, porém, revela-se neste contexto, como a última camada da educação, posterior aos aspectos ligados à honra, à integridade, à moral, à ética e à intelectualidade. Afinal, não basta um cidadão “educado” na cidade, se não há retidão em suas condutas.
Encarar o diálogo como método de investigação ou de esclarecimento mais profundo de certas perguntas e indagações, era a grande proposição socrática. Com perguntas específicas sobre um determinado assunto, se permitia uma compreensão mais profunda e clara de um tema. Essa é vista como a essência da atividade de um professor sob o ponto de vista clássico, em que este desempenha o papel habilidoso de despertar nos alunos a capacidade de pensar por si mesmos.
Então, o mestre é aquele que ilumina o caminho do discípulo, e este, caminha ao encontro de conhecimentos e saberes por si mesmo.
Eis uma questão a ser pensada: como tem funcionado o sistema da atual educação?
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