Há pelo menos, 10 anos, a HNB tem prestado serviços voluntários para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Ilhéus (APAE). O Abrigo São Vicente de Paulo, Associação Centro Educacional de Ação Integrada (ACEAI) do Nossa Senhora da Vitória, e a comunidade de pescadores e marisqueiras da Vila Mamoan, também são beneficiados com as ações. Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), a HNB promove cursos profissionalizantes e estende serviços como de cabelos, manicure e pedicure e design em sobrancelhas para atendimento comunitário.
De acordo com a instrutora profissional de manicure e pedicure há 15 anos na HNB, Edna Maria dos Santos, “esse trabalho é um resgate da dignidade. Porque têm pessoas que chegam como aqui na APAE, são atendidas e saem tão felizes, que procuram saber onde que elas podem aprender. Daí se percebe que o bem que você está levando faz mais bem à você que está doando do que à pessoa que está recebendo”. A instrutora Edna informa que o curso dispõe de 30 alunas de manicure e pedicure, sendo que a atividade voluntária em comunidades como na APAE, onde as mães dos apaeanos são atendidas, se realiza na etapa final da profissionalização, em dois dias, com as alunas já preparadas. “Eu percebi a necessidade das alunas aprenderem mais, por isso era necessário sair da zona de conforto do centro profissionalizante, para ir buscar o conhecimento nestes lugares, superando desafios no relacionamento interpessoal e lidando com situações diferentes”, destaca a instrutora Edna.
Já no Abrigo São Vicente de Paulo, com 100 idosos abrigados, são diversos voluntários que lá vão prestar serviços diversos, de acordo com a coordenadora Leda Amorim. Mas os mutirões da beleza da Human Network do Brasil, através de 30 alunos das turmas do curso de cabeleireiro, que lá vão para praticar, a quantidade de idosos atendidos é maior. Dona Joana Farias do Amaral, de 65 anos, é residente há um ano no abrigo São Vicente. Foi a primeira vez que ela recebeu atendimento voluntário com o corte de cabelo. “Foi uma boa caridade para todo mundo, uma ação de coração, as coisas foram feitas com vontade. Muita gente como eu estava precisando, ir ao salão. Foi bom demais pra mim, muito obrigada”, agradece Dona Joana.
Érica de Jesus Varjão, de 22 anos, já foi voluntária em ações com crianças, e é a primeira vez que está se profissionalizando. Aluna do curso de cabeleireira, afirma que durante sua experiência no Abrigo, “foi muito boa a aprendizagem. Nós temos que servir as pessoas humildes que precisam, o próximo, para sermos servidos”, disse. A instrutora do curso de cabeleireira, Elivane Viana, profissional com experiência de 10 anos, reconhece a dedicação de suas alunas. “Este trabalho de serviço à comunidade envolve muito o lado emocional. Muitos idosos inicialmente apresentam algum tipo de resistência, mas com o envolvimento são convencidos e saem satisfeitos. O sorriso no final é o mais gratificante para nós”, sorriu.